“Um Filme Consagrado a Satanás: A Destruição do Homem pelo Filme da Barbie”
42×59,4cm
Grafite sobre papel
R$ 400,00
Se no final de julho do ano passado você não estava perdido no meio de uma floresta, você com certeza viu o BOOM de cor-de-rosa que tomou de conta do mundo: filas de cinemas gigantescas com todo mundo vestindo a cor, comidas de todos os tipos sendo servidas nesse tema e até mesmo caixões sendo vendidos em versões pink, esse foi o resultado da estreia do filme “Barbie”, recordista de bilheteria desse ano e que causou um grande frisson tanto pela força desse ícone pop, quanto pelas discussões sobre feminilidade e masculinidade que trouxe para a pauta.
Mas como era deviadamente esperado, os machos héteros e reacionários defensores da liberdade de expressão irrestrita e que dizem que tudo é “mimimi” se mostraram profundamente incomodados com o filme, porque deve realmente ser muito difícil você ser homem, branco, hétero e cristão e ser acostumado a ter o mundo por séculos só para você e, de repente, se ver obrigado a ter que dividir um pouco do seu espaço com mulheres, negros, não-cristãos e pessoas LGBTQIAPN+. É tanto sofrimento que não caberia nesse papel.
Milhões de comentários histéricos envolvendo uma suposta conspiração feminista, globalista e satanista para acabar com a masculinidade do homem e com o papel da mulher definido por Deus foi o que um filme de boneca despertou na extrema-direita, toda ofendidinha porque recebeu um mínimo de crítica na vida. Espero sinceramente que no próximo filme mostrem a Barbie lésbica, fumando maconha, abortando e ensinando para meninos que eles devem gostar de brincar de boneca ao invés de jogar futebol, para que o surto coletivo aconteça com muito mais gosto.
