Comunismo, segundo os estudiosos do assunto: ideologia que propõe a derrubada do capitalismo e a construção de uma nova sociedade sem Estado, sem classes sociais e sem propriedade privada, onde o próprio povo possui os meios de produção e deles usufrui.
Comunismo, segundo o Bolsonarismo: fumar maconha, abortar, dar o cu, adorar o Demônio, ser feminista, ser filiado ao PT e, o mais importante de tudo, ser adversário político de Jair Messias Bolsonaro.
Uma extensão importante desse último item é que ele é bastante literal, os bolsonaristas não querem saber se a tal pessoa que xingou o “mito” é faria-limer, neoliberal, integrante do MBL ou do Partido Novo – se alguém criticou Bolsonaro, é impreterivelmente comunista.
Daí vieram nomes bastante curiosos que foram parar nesta seara marxista, tais como: Joice Hasselmann, Rodrigo Maia, Danilo Gentili, Kim Kataguiri, Nando Moura, Dória, Hamilton Mourão (pelo seu discurso no dia 31 de dezembro), Alexandre Frota e, claro, o lindo e maravilhoso Alexandre de Moraes. Até mesmo Sérgio Moro já foi parar nessa lista por um período, quando pediu para abandonar o seu cargo de ministro da justiça, deixando a extrema-direita atordoada por um bom tempo.
Deixando todo esse delírio de lado, o que podemos claramente perceber é que a maioria das pessoas que odeia o comunismo não tem a menor ideia do que odeia de fato, estão todas delirantes, todas atordoadas com toneladas de fake news e de teorias da conspiração que consomem diariamente em grupos de WhatsApp. Quem sabe se tivessem apenas o básico da noção do que o que estava acontecendo de fato no nosso país não tem absolutamente nada a ver com comunismo, não teriam tentado golpe de estado, não teriam sido presas e, principalmente, não teriam colocado Jair Messias Bolsonaro na presidência.