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A Nova Bandeira da Ku Klux Klan

“Cidadão de bem”, “patriota”, “defensor da família” – impressionante o quanto que termos criados para traduzir bons valores foram completamente deturpados dos seus reais sentidos e hoje me causam ânsia de vômito. Caso alguém me perguntasse antes de 2016 se eu me encaixava em algum desses atributos, diria com toda a certeza que sim, mas depois desse fatídico ano, não mais.

Me considerava “cidadão de bem” porque eu, assim como boa parte da população, não cogitava seguir uma vida de crimes. Agora este termo significa única e exclusivamente ser apoiador do presidente Jair Messias Bolsonaro.

Me considerava “patriota” porque eu amava meu Brasil e sequer passava pela minha cabeça sair dele, hoje não aguento mais nem olhar para a bandeira de nosso país sem sentir uma repulsa do tamanho do mundo.

Me considerava “defensor da família” porque a minha família é sagrada e a amo mais que tudo nessa vida. Atualmente, proclamar-se “defensor da família” significa ser contra o casamento LGBT e afirmar que o único modelo social válido de família é a tradicional cristã (homem, mulher, crianças e, lógico, toda a sujeira varrida para baixo dos panos da hipocrisia, como inúmeras relações extraconjugais casuais ou fixas, fetos abortados das amantes e filhos bastardos).

Um foda-se bem grande aos “cidadãos de bem”, “patriotas” e “defensores da família” de nosso país, pois andam é longe de defenderem os reais significados de tudo isso.